CADERNOS DE ARTISTA
2024, 6min, SP


Roberto Baggio
Um cineasta investiga sua memória de infância da vitória do Brasil na copa de 1994, refletindo sobre capitalismo e cultura pop, pela estética dos anos 90.
Ficha técnica
Direção: Henrique Cartaxo
Festivais, Mostras e Prêmios
Cine BH (Belo Horizonte / Setembro 2024)
Festival Imagem-Movimento (Macapá, Dezembro 2024)
True/False (EUA/Março 2024)
Uppsalla SFF (Suécia / Outubro 2024)
Cine Nuevo (Uruguai / Outubro 2024)
Stuttgarter Filmwinter (Alemanha / Janeiro 2025)
BIOGRAFIA DE ARTISTA

Videoartista multidisciplinar, documentarista experimental e montador de cinema brasileiro. Henrique realizou trabalhos de monatagem cinematográfica apresentados em competição em festivais como Cannes, Sundance e Clermont-Ferrand. Como diretor, se aventura no documentário autobiográfico e na videoarte, com filme exibidos em festivais como DocLisboa, True/False, Fubar, MUFF Marseille e Kabayitos Microcinema, NYC.
FILMOGRAFIA
Exu Yangí (2021)
Roberto Baggio (2024)
PUBLICAÇÕES SOBRE A OBRA
Roberto Baggio, Khroma y Those Next to Us
“Se trata de un ensayo en el que, como es característico del cine contemporáneo, se acude a una fuente del pensamiento académico explícita o implícita para buscar en ella sustentación. Creo que se trata aquí de la fantología (hauntologie), término que acuñó el filósofo Jacques Derrida en Los espectros de Marx (1993) para confrontar con esta referencia a lo fantasmal la tesis del fin de la historia de Francis Fukuyama, y la consecuente muerte de la utopía, la posibilidad de un mundo diferente del que se instauró con el triunfo de los Estados Unidos en la Guerra Fría.”
Entrevista para o Museu digital Mowna
OBRAS DE REFERÊNCIA
O Fundo do Ar é Vermelho (1977), de Chris Marker
Justificativa:
“Este ensaio de fôlego sobre o estado dos sonhos políticos pós Maio de 68, realizado por Chris Marker, é provavelmente a minha maior referência para refletir sobre o caráter, sobre a própria natureza das imagens históricas, e sobre como a nossa relação com essas imagens são capazes de influenciar por sua vez o desenvolvimento da própria história.”
Todos os Corações do Mundo (1994), de Murilo Salles
Justificativa:
“O filme oficial da Copa do Mundo de 94 é uma delícia de assistir e, em oposição a TraumaZone, deixa explícita o clima de vitória que se sentia nos Estados Unidos após o fim da Guerra Fria, tema central do meu trabalho.”
Traumazone (2022), de Adam Curtis
Justificativa:
“Dessa vez sem o recurso do texto e da voz e se apoiando apenas no material, Adam Curtis mais uma vez se debruça sobre o arquivo da BBC para procurar imagens da União Soviética nos anos em torno da transição para o capitalismo. Importante material de pesquisa para entender o espírito dos anos 90.”
OBRA CONVIDADA
The Voyagers (2010), de Penny Lane
Um curta metragem sobre duas pequenas espaçonaves, uma jornada épica, correr riscos e se apaixonar. Também Carl Sagan.
Justificativa:
“‘The Voyagers’ foi o primeiro filme desse tipo que eu assisti na vida, há 14 anos atrás: um filme-ensaio, epistolar, narrado pela pessoa autora. Antes que eu pudesse conhecer a obra de cineastas como Chris Marker, Adam Curtis, Haroun Farocki e Werner Herzog. O seu cruzamento de imagens apropriadas de arquivo, grandes eventos da história da humanidade e histórias pessoais influenciaram o meu trabalho, silenciosamente, por muito tempo até que eu pudesse encontrar, eu mesmo, a minha voz de autor.”
