CADERNOS DE ARTISTA
A figura da quimera seria mais adequada
2023, 15min, CE/RJ/SP

A figura da quimera seria mais adequada
Morcegos capturados para experimento bélico são lançados no espaço. Ao adentrar no desconhecido de cavernas subterrâneas, transmutam-se em quimeras.
Ficha técnica
Direção: Darks Miranda e Juno B.
Festivais, Mostras e Prêmios
CLAC online (2023)
Janela de Cinema do Recife (2023)
TEXTO DE APRESENTAÇÃO
“O filme é uma quimera feita de fragmentos. Ele parte de uma prática comum aos artistas, que pensam o limiar entre o cinema e a videoarte, fazendo uso de seus acervos pessoais, de imagens de arquivo e da montagem como processo e linguagem para a atualização de imaginários e figuras mitológicas.”
BIOGRAFIA DE ARTISTA

Darks Miranda (1985) é artista, cineasta e performer nascida em Fortaleza e baseada no Rio de Janeiro. Em seus trabalhos, que misturam vídeo, escultura, pintura, e performance, utiliza a montagem como procedimento e linguagem e investiga o imaginário da ficção científica do século XX para pensar a falência do projeto ocidental modernizante e suas noções de futuro e progresso.
Sua prática mais recente se concentra em ovos, vulcões e formas florais de cerâmica, peças nas quais mantém-se um pensamento escultórico de montagem, mais do que propriamente modelagem. Suas peças, além de tocarem em temas como nascimento, monstruosidade, proliferação, mutação e metamorfose, também exploram o pictórico no tridimensional.
Participou de exposições em instituições como Teatro Municipal (SP), Paço Imperial (RJ), MAR – Museu de Arte do Rio, MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu Oscar Niemeyer (PR), Centro Internacional das Artes José de Guimarães (Portugal), Tate Modern, Londres (Reino Unido), Centro de Cultura Digital CDMX (México), Stiftung Sitterwerk, St. Gallen (Suíça) e Centre Georges Pompidou, Paris (França).
Em 2020 realizou trabalhos comissionados para o Instituto Moreira Salles e para The Swiss Arts Council Pro Helvetia. Em 2022 participou da Residência Artística da FAAP (SP) e, mais recentemente, participou de residência artística no Stiftung Sitterwerk, Suíça, com bolsa do The Swiss Arts Council Pro Helvetia.
Entre as suas principais exposições individuais estão Uma noite perigosa na ilha de Vulcano, Carpintaria/ Fortes D’aloia e Gabriel, Rio de Janeiro (2022), Veneno, meu companheiro, Projeto Vênus, São Paulo (2023) e Aurora violenta, Casa França Brasil, Rio de Janeiro (2024).
FILMOGRAFIA
Manassés (2009, 13 min.)
A maldição tropical (2016, 14 min.)
Lambada estranha (2020, 12 min.)
Zona abissal (2020, 13 min.)
Celularrr (2020, 22 min.)
A cosmopolítica dos animais (2021, 21 min.)
Uma noite perigosa na ilha de Vulcano (2022, 40 min.)
A ilha (2023, 18 min.)
A figura da quimera seria mais adequada (2023, 15 min.)

Juno B. nasceu em Fortaleza, vive e trabalha em São Paulo. Sua prática transita entre ficções especulativas e mutações transespecíficas, desobediência de gênero e ecologia, tensionando noções sobre o fator humano e os limites entre estética, ética e política. Por meio do vídeo, da fotografia, de objetos e de instalações, seus trabalhos propõem experimentações e diálogos a partir de discursos não hegemônicos e formas de estar no mundo. Esteve em residências artísticas no Brasil, Bolívia e Suíça.
Recentemente participou de exposições coletivas como de montanhas submarinas o fogo se faz ilhas, organizada pela Pivô e KADIST, São Paulo; Chão da Praça na Pina Contemporânea em São Paulo e Se arar na Pinacoteca do Ceará, foi selecionado para o programa Contra ― flecha, arqueia mas não quebra na Almeida & Dale, São Paulo. Integrou o Programa 2021 Pivô Pesquisa, recebeu indicação ao Prêmio Pipa 2022 e foi um dos ganhadores de 100 Artists organizado pela Artlink e Sudkulturfonds, 2022.
FILMOGRAFIA
Talvez nosso único elo seja a humanidade fracassada (2021)
Kebranto (2022)
A figura da quimera seria mais adequada (2023)
Visage (2024)
PUBLICAÇÕES SOBRE A OBRA
Ensaio sobre “A figura da quimera seria mais adequada”
por Pedro Azevedo
“quimera
|é|
(qui·me·ra)
substantivo feminino
1. [Mitologia] Ser mitológico geralmente representado com um corpo híbrido entre leão, cabra e serpente ou dragão.
2. Coisa resultante da imaginação. = FABULAÇÃO, FANTASIA, ILUSÃO ≠ REALIDADE
3. Conjunto heterogêneo que resulta da combinação de elementos diferentes.
4. [Genética] Organismo em que há células com informação genética diferente, com origem em zigotos diferentes. (Confrontar: mosaico.)
5. Esperança irrealizável. = UTOPIA
6. [Ictiologia] Peixe condropterígio.
Origem etimológica:grego Khímaira, -as, Quimera, ser mitológico, de khímaira, -as, cabra jovem.”

