CADERNOS DE ARTISTA
A Ordem Reina
2022, 19 min, SP

A Ordem Reina
Uma obra cinecoreocosmográfica que enreda vidas humanas e extra-humanas na direção de rememorar um mito há muito esquecido e realizar um rito para restabelecer a harmonia entre o Céu e a Terra.
Ficha técnica
Direção: Fernanda Pessoa
Produção: Fernanda Pessoa
Produção executiva: Fernanda Pessoa
Direção de fotografia: Fernanda Pessoa
Direção de arte:
Som: Fernanda Pessoa, Ruben Valdes
Montagem: Fernanda Pessoa
Elenco: Jules Elting
Roteiro: Fernanda Pessoa
Festivais, Mostras e Prêmios
É Tudo Verdade – It’s All True International Documentary Film Festival
21ª Goiânia Mostra Curtas
17 CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto
Sinédoque – Festival nacional de documentários curtos
9° Super OFF – Festival Internacional de Cinema Super 8 – Prêmio do Júri Popular
8° DOBRA – Festival Internacional de Cinema Experimental
BIENALSUR – Bienal Internacional de Arte Contemporáneo del Sur
FRONTERA SUR – Festival Internacional de Cine de No Ficción
Eureka Festival Universitario de Cine
9° Super OFF – Festival Internacional de Cinema Super 8 – Prêmio do Júri Popular
Realizado com prêmio do XI Concurso de Videoarte da Fundação Joaquim Nabuco
BIOGRAFIA DE ARTISTA

Foto: Margaux Martins
Fernanda Pessoa (1986) é uma premiada cineasta e artista visual brasileira, que trabalha principalmente com documentário e cinema experimental. Doutoranda na ECA/USP com pesquisa sobre o cinema experimental feito por mulheres, mestre em Audiovisual na Sorbonne Nouvelle, sob orientação de Philippe Dubois.
Dirigiu os longas “Histórias que nosso cinema (não) contava” (2017, Prêmio Guarani Melhor Documentário, DocLisboa, Festival du Nouveau Cinéma, Cinélatino Toulouse, Mostra de Tiradentes, Festival de Brasília), “Zona Árida” (2019, Menção Honrosa no DokLeipzig) e “Vai e Vem” (2022, Sheffield DocFest, DokLeipzig, Olhar de Cinema, RIDM) e os curtas “Igual/Diferente/Ambas/Nenhuma” (2020, IDFA, IDA Shortlisted, DOC NYC), “A Ordem Reina” (2022, É Tudo Verdade, BIENALSUR) e “Solidariedade” (2022, Oberhausen). Participou da Berlinale Talents e integra a Rede Paradiso de Talentos.
Atualmente trabalha na pré-produção de seu quarto longa documental, “Da Lona Ao Teto”, e no desenvolvimento de “Fotograma”, seu primeiro longa de ficção, selecionado para o Berlinale EFM Fiction Toolbox e PAS Nantes.
FILMOGRAFIA
Histórias que nosso cinema (não) contava (2017, 76 min)
Zona Árida (2019, 80 min)
Igual/Diferente/Ambas/Nenhuma (2020, 19 min)
Vai e Vem (2022, 70 min)
Solidariedade (2022, 9 min)
A Ordem Reina (2022, 19 min)
PUBLICAÇÕES SOBRE A OBRA
Uma mulher com uma câmera
por Fernanda Pessoa
“Nove minutos por país. Essa restrição fazia parte da proposta conceitual: eu não seria uma turista comum registrando exaustivamente esses lugares, refazendo várias vezes a mesma imagem com uma câmera digital ou do próprio celular, criando um arquivo de centenas de imagens repetidas em lugares clichês, que provavelmente jamais passariam por uma seleção posterior.”
Por uma história dialógica do cinema experimental feito por mulheres
por Adriana Barbosa e Fernanda Pessoa
“Essa imersão em andamento resulta de uma necessidade de pertencer como cineastas, como latino-americanas, como mulheres em um meio predominado por referências estéticas masculinas. Entre nós, traçamos novos caminhos e, ao mesmo tempo, valorizamos vozes que até então pouco conhecíamos. Agora, nesta tênue linha entre arte e vida, nos perguntamos: para onde seguimos?”
Catálogo BIENALSUR, 2021


Política e inventividade nos curtas documentais brasileiros do “É Tudo Verdade”
por Juliana Gusman
“[…] escavando, com uma Super 8, os vestígios dos socialismos que vigoraram no século XX, sob a leitura do texto militante homônimo de Rosa Luxemburgo. Por meio de um compilado bastante diverso de imagens, tentam reconstituir atmosferas pregressas, que nos desafogam das nossas obscuridades.”
Filmes do É Tudo Verdade explicam Putin e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia
por Leonardo Sanchez
“Em ‘A Ordem Reina’, que compete entre os curtas nacionais, Fernanda Pessoa passeia por diversas experiências revolucionárias ocorridas no século 20, algumas vinculadas ao status de relacionamento da Rússia com seus vizinhos. Ao som dos dizeres da filósofa marxista Rosa Luxemburgo, ela nos leva a refletir por que, afinal, brigamos tanto hoje.”
OBRAS DE REFERÊNCIA
A Queda da Dinastia Romanov (1927), de Esfir Shub
Com uso de imagens de arquivo, o documentário traz uma narrativa cronológica da Rússia de 1913, ano que marca os 300 anos e a queda da Dinastia Romanov, à 1917. Há a apresentação de cidadãos de várias classes: líderes, nobreza, camponeses, soldados, marinheiros burguesia e também o czar.
Justificativa:
“Considerado o primeiro filme de arquivo/ found footage da história do cinema. Realizado pela montadora soviética Esfir Shub. Inspiração direta para ‘A Ordem Reina’.”
Assista A Queda da Dinastia Romanov na MUBI
Souvenirs de Berlin-Est, foto-livro de Sophia Calle. Arles: Actes-Sud, 1999
Depois da queda do muro de Berlim e o fim do comunismo na Alemanha, os deputados alemães decidiram remover de Berlim Oriental todas as marcas visíveis do passado político desta parte da cidade. Sophie Calle foi ao encontro de moradores de Berlim Oriental e pediu a eles para descreverem os símbolos ausentes. O livro apresenta fotografias dos monumentos ausentes junto aos relatos das pessoas que conviveram com eles durante o regime comunista.
I visited places in Berlin where the symbols of East Germany have been removed. I asked passers-by to describe the objects that once filled these empty spaces. I photographed the absence and replaced the missing monuments with their memories.
Junto com os livros Fantomes e Disparitions, Souvenirs de Berlin-Est forma a trilogia L’Absence.
Um Homem com uma Câmera (1929), filme de Dziga Vertov
Parte documentário, parte cinema, este filme acompanha uma cidade na União Soviética da década de 20, do dia até a noite. Com direção de Dziga Vertov, uma variedade de filmagens inovadoras e complexas retrata cenas do cotidiano na Rússia, celebrando a modernidade da cidade.
A queda do comunismo vista pelo pornô gay (1998), curta-metragem de William E. Jones
As imagens em A queda do comunismo vista pelo pornô gay vem de vídeos adultos gays produzidos na Europa Oriental desde a introdução do capitalismo. O vídeo vislumbra a ideia de jovens que respondem às pressões de um mundo desconhecido, onde o dinheiro, o poder e o sexo estão agora ligados.
Confira mais sobre A queda do comunismo vista pelo pornô gay no portfolio de William E. Jones
OUTRA OBRA DA ARTISTA
Igual/Diferente/Ambas/Nenhuma (2020), de Fernanda Pessoa
