CADERNOS DE ARTISTA

JOIA MUSCULAR
2024, 14min, FRANÇA | PORTUGAL

Joia Muscular

mergulha em momentos de concentração e tensão muscular típicos do universo esportivo. Através de pensamentos intrusivos e camadas da vida cotidiana, o filme se aproxima das dimensões pessoais e metafóricas da superação. Protagonizado por pessoas comuns da periferia parisiense de Noisy le Sec, o filme culmina com a passagem de uma tocha não oficial, como um símbolo de sonho e resistência coletiva.
Ficha técnica

Um filme de Jonathas de Andrade
Produção: André Guiomar, Luís Costa
Produção Executiva: Marc Bembekoff, Nathanaëlle Puaud
Diretor de Produção: André Guiomar
Assistente de Direção: Clara Felix Heuser
Direção de Fotografia: Miguel da Santa, Tiago Carvalho
Gravação de Som: André Guiomar, Clara Felix Heuser
Arte e Acessórios: Júlio Alves
Edição, Gradação de Cores e Design: Miguel da Santa, Tiago Carvalho Edição
Mixagem de Som: Maurício D’Orey
Equipe Técnica: Alexandra Benhamou, Xavier Cormier, Paola Niuska Quilici, Rémi Riault

Exposições

Exposição Le Syndicat des Olympiades – La Galerie, centre d’art contemporain de Noisy-le-Sec – França – 2024

BIOGRAFIA DE ARTISTA

 Jonathas de Andrade (1982), vive e trabalha em Recife, Brasil. Ele desenvolve vídeos, fotografias e instalações a partir da produção de imagens, utilizando-se de estratégias que misturam ficção, realidade, tradição e colaborações com grupos de pessoas e comunidades. Entre as exposições individuais em que o artista participou, estão: Oeil—Flamme, no Maat, Lisboa (2023) e Crac Alsace, França (2022); Staging Resistance, no Foam, Amsterdam (2022); One to one, no Museum of Contemporary Art Chicago (2019), bem como no New Museum, Nova York (2017); The Power Plant, Toronto (2017); Museu de Arte do Rio (2014-2015); Entre exposições coletivas, seus trabalhos integraram a 16ª Bienal de Istambul (2019); MAXXI: National Museum of XXI Century Arts, Rome (2018); 32a Bienal de São Paulo (2016); The Museum of Modern Art MoMA (2015); e Guggenheim Museum, New York (2014). Jonathas de Andrade apresenta projeto individual para o Pavilhão do Brasil na 59ª Bienal de Veneza (2022).

FILMOGRAFIA

Amor e Felicidade no Casamento – Love and happiness in the wedding – 2007 – 3min
Pacífico – Pacific – 2010 – 12min
4.000 Disparos – 4.000 shots – 2010 – 60min
O Levante – Uprising – 2012 – 8 min
O Peixe – The fish – 2016 – 37min
O Caseiro – The housekeeper – 2016 – 8min
Voyerístico – Voyeuristic – 2018 – 4min
Jogos Dirigidos – Directed Games – 2019 – 57min
Olho da Rua- Out Loud – 2022 – 25min
Nó na Garganta – Knot in the throat – 2022 – 38min
Estação Rádio Bouça – Bouça Radio Station – 2023 – 16min
Columbófilos – Fanciers – 2023 – 10min
Joia Muscular – 2024 – 14min

TEXTOS

O filme Joie Musculaire parte de momentos de concentração e tensão muscular, tão comuns ao universo do esporte, para mergulhar no psicológico dos personagens. Como se tivéssemos acesso a pensamentos intrusivos, somos apresentados a tantas outras camadas da vida pessoal e do dia a dia, que vão trazendo as imagens de foco e superação uma outra dimensão metafórica. As pessoas do filme são retratadas como atletas profissionais, mas são antes de tudo pessoas comuns, das periferias parisienses, que tem seus trabalhos, suas vidas e seus desafios. O filme finaliza com a passagem de uma tocha não oficial que passa entre as mãos de tantas pessoas desta periferia onde a chama vai ganhando força coletiva e ganhando sentido como uma chama cheia de sonho e resistência.

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OBRA CONVIDADA

Red Luck (2015), de Mike Olenick

Para o meu Caderno de Artista do CEN 2025, indico o filme “Red Luck”, de Mike Olenick, cuja narrativa hipnótica combina uma edição singular, que constrói uma espiral temporal e espacial, e o uso de uma trilha constante e envolvente. Embora não sejam influências diretas para os filmes que apresento no festival este ano, este filme faz parte de um universo fílmico que admiro e dialoga especialmente com a experimentação no cinema e nas artes visuais. Tive o privilégio de conhecer o realizador Mike Olenick em 2015, no Wexner Center for the Arts, em Ohio, durante a pós-produção de “O Peixe”. Mike trabalhava como editor lá, e, em breves trocas, pude perceber sua vasta coleção de referências e um pouco do seu talento. Isso me faz desejar que mais pessoas possam conhecer sua obra, que é tão rica quanto singular.