CADERNOS DE ARTISTA
BIOGRAFIA DE ARTISTA

Crédito: Guido Limardo
Luiz Roque (1979), artista natural de Cachoeira do Sul (RS) e residente em São Paulo, é um dos cinco artistas que representaram o Brasil na mostra principal da Bienal de Arte de Veneza de 2022. Atraído pelo poder da imagem e especialmente pelas sensações que se desdobram a partir da visão, Luiz Roque cruza distintos territórios, como o gênero sci-fi, o legado do modernismo, a cultura pop e a biopolítica do corpo queer, para capturar e propor enredos engenhosos e imageticamente sensuais. Esses contos nos investem — através da plasticidade de suas alegorias — nas presentes questões conflituosas entre avanço tecnológico e as micro e macro relações de poder contemporâneas. Suas obras habitam o espaço entre cinema, arte e teoria crítica num âmbito de disputas políticas — tanto reais quanto imaginárias — e comentam de forma energética, porém delicada, as condições dissociativas em que corpos se encontram: entre a latência da vida e suas respectivas definições burocráticas. Nesse sentido, combinam a nitescência da ficção-científica — como dispositivo de ventilação de hipóteses — com os recursos da linguagem cinematográfica para nos apresentar cenários de tensões sociais e complexos debates públicos.” (texto extraído do site da galeria Mendes Wood, que representa o artista).
Seu trabalho foi tema de exposições individuais em lugares como KW, Berlim (2024), Proa21, Buenos Aires (2022), VAC / Universidade do Texas, Austin (2021), Pivô, São Paulo (2020), CAC Passerelle, Brest (2020), New Museum, Nova York (2019) e MAC Niterói, Rio de Janeiro (2018). Suas obras também foram incluídas em mostras coletivas como a 12a Bienal de Gotemburgo (2023), a 59a Bienal de Veneza (2022), a 32a Bienal de São Paulo (2016) e em instituições como PORTIKUS, MASP, MoMa-Ps1, Museu de Arte Moderna de Varsóvia e a Kunsthalle Viena.
Tento no meu trabalho que o assunto vire linguagem.
COLEÇÕES, EXPOSIÇÕES E FESTIVAIS
Coleções
Los Angeles County Museum of Art (LACMA)
MALBA Foundation
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP)
Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brazil
Itaú Cultural
Museu de Arte de São Paulo (MAM)
Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS)
Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC-RS)
KADIST Foundation
Exposições Individuais
2024
Estufa, KW Institute for Contemporary Art, Berlim, Alemanha
2023
The Story of Origins, Kunstverein Gartenhaus, Viena, Áustria
Vidéodrame: Luiz Roque, CAPC, Bordeaux, França
X, Mendes Wood DM Bruxelas, Bélgica
2022
XXI, PROA21, Buenos Aires, Argentina
2021
República, Visual Arts Center (VAC), The University of Texas, Austin, EUA
Noite, Mendes Wood DM, São Paulo
2020
República, CAC Passerelle, Brest, França
República, Pivô, São Paulo
2019
Screens Series: Luiz Roque, New Museum, Nova Iorque, EUA
2018
Televisão, MAC Niterói, Rio de Janeiro
(Luiz Roque and Valentina Liernur), Humanas, Galería Isla Flotante, Buenos Aires, Argentina
2017
HEAVEN, Tramway, Glasgow, Escócia, Reino Unido
Hall, Mendes Wood DM, São Paulo
Anos Modernos, Mendes Wood DM, Bruxelas, Bélgica
2016
Ancestral, Centro Cultural São Paulo, São Paulo
2015
Atração Fantasma, Sé Galeria, São Paulo
Modern, White Cubicle Toilet Gallery, Londres, Reino Unido
2014
Canto Escuro: Dois Filmes de Luiz Roque, Museu do Trabalho, Porto Alegre
2013
PROJEÇÃO 0 e 1, Bolsa de Arte de Porto Alegre, Porto Alegre
The New Monument, Envoyenterprises, Nova Iorque, EUA
O Último Dia, Phosphorus, São Paulo
2011
ANYANG, Seoksu Market / Seoksu Art Project, Anyang, Coréia do Sul
2009
Luiz Roque Filmes, Ateliê Subterrânea, Porto Alegre
2008
Temporada de Projetos, Paço das Artes, São Paulo
2004
Amor, Intervenção Urbana, Spa das Artes, Recife
Exposições Coletivas e Festivais
2024
NAT GEO, Salta Art Foundation, Munique, Alemanha
The Disagreement; A Theater of Statements, Neuer Kunstverein, Wien, Austria
Apreensões, Museu Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
forms of the surrounding futures, Kunsthalle Münster, Munster, Alemanha
Cerámica Suro, Fundación Casa de México en España, Madri, Espanha
2023
El Resto Del Mundo, 5th Bienal de Montevideo, Uruguai
Let Us Believe in the Beginning of the Cold Season, PORTIKUS, Frankfurt, Alemanha
I see no difference between a handshake and a poem, Mendes Wood DM, Paris, França
forms of the surrounding futures, 12th Göteborg Biennial, Gotemburgo, Suécia
Linhas Tortas, Mendes Wood DM, São Paulo
MOMENTUM 12 Together as to gather, Galleri F 15, Moss, Noruega
Watch and Chill season 3, MMCA (National Museum of Modern and Contemporary Art) Seul, Coréia do Sul
Kissing Doesn’t Kill: Ania Nowak and Guests, Museum of Modern Art in Warsaw, Varsóvia, Polônia
Tono Festival, Cidade do México, México
Esope reste ici et se repose, Cité Des Arts, Saint-Denis, França
Esfíngo Frontal, Mendes Wood DM São Paulo, São Paulo
2022
The Milk of Dreams, 59th International Biennale di Venezia, Veneza, Itália
Por de trás da retina, Centro Cultural InclEUArtiz, Rio de Janeiro
Ópera Citoplasmatica, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba
Animalia ou la vie fantasmée des animaux, CAC 40mcube, Rennes, França
Notes for Tomorrow, TheCube Project Space, Taiwan; Humber Galleries, Etobicoke, Canadá
Te Uru Waitakere Contemporary Gallery, Auckland, New Zeland; Blue Galleries, Boise, EUA
Marjorie Barrick Museum of Art, Las Vegas, US; Pera Museum, Istambul, Turquia
2021
Ninguém teria acreditado, Pinacoteca, São Paulo
Réquiem e vertigem, Galeria Jaqueline Martins, São Paulo
Notes for Tomorrow, Cantor Fitzgerald Gallery, Haverford, EUA
Contemporary Calgary, Calgary, Canadá;
Sifang Art Museum, Nanjing, China
Os Monstros de Babaloo, Fortes D’Aloia e Gabriel, Rio de Janeiro
Glasgow Short Film Festival, Glasgow, Escócia, Reino Unido
Male Nudes: um salão de 1800 a 2021, Mendes Wood DM, São Paulo
Crossing Current, Galerie Nordenhanke, Cidade do México, México
2020
I’m from nowhere good, Maison Populaire, Paris, França
O Brasil que eu quero, Centre d’Art Contemporain Genève, Genebra, Suiça
Viaje hacia la luz, Aninat Galería, Santiago, Chile
Dance of Urgency, HET HEM, Amsterdã, Holanda
Three’s a crowd, BWA Galleries of Contemporary Art, Wroclaw, Polônia
2019
Screen City Biennial, Stavanger, Noruega
Figures de l’animal, CAC Meymac, Meymac, França
Perdona que no te crea, Carpintaria, Rio de Janeiro
Novas Aquisições, MAM, São Paulo
2018
Everything Was Forever Until It Was No More, 1st Riga Biennial, Latvia
Utopías, Centro de Arte Contemporáneo, Quito, Equador
Brasile. Il coltello nella carne, Padiglione d’Arte Contemporanea, Milão, Itália
MITOMOTIM, Galpão VB, São Paulo
In The Reading Room of Hell, A plus A, Veneza, Itália
Trans-forma, Universität für angewandte Kunst, Viena, Áustria
Subversão da Forma, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre
2017
Bestiário, Centro Cultural São Paulo, São Paulo
NORA, Garage Rotterdam, Holanda
WELT KOMPAKT?, MQ21, Viena, Áustria
Unanimous Night Vol2, Contemporary Art Centre, Vilnius, Lituânia
Neither., Mendes Wood DM, Bruxelas, Bélgica
A Bela e A Fera, Central Galeria, São Paulo
DEPOIS DO FIM, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre
Avenida Paulista, MASP, São Paulo
RESISTIR, REEXISTIR, Videobrasil, São Paulo
2016
32th Bienal de São Paulo: Incerteza Viva, São Paulo
The Dance Party, Fundação Ecarta, Porto Alegre
E de novo montanha, rio, mar, selva, floresta, SESC Palladium, Belo Horizonte
TOTALE 19: out of shape, Maschinenhaus, Essen, Alemanha
Mark Leckey: Containers and Their Drivers, MoMA PS1, Nova Iorque, EUA
2015
Set To Go, Contemporary Art Centre, Vilnius, Lituânia
A Mão Negativa, Parque Lage, Rio de Janeiro
The Violet Crab , David Roberts Art Foundation, Londres, Reino Unido
2014
Singularidades / Anotações, Instituto Itaú Cultural, São Paulo
The First and Last Freedom, MOT International, Londres, Reino Unido
The Brancusi Effect, Kunsthalle Karlplatz, Viena, Áustria
Medos Modernos, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
VERTIGO , SIM Galeria, Curitiba
La historia la escriben los vencedores, OTR, Madri, Espanha
2013
7thBienal de São Tomé & Príncipe, São Tomé, São Tomé e Príncipe
9th Bienal do Mercosul, Porto Alegre
Amor e Ódio à Lygia Clark, Zacheta National Gallery of Art, Varsóvia, Polônia
VIDEOBRASIL, SESC, São Paulo
Mutatis Mutandis, Largo das Artes, Rio de Janeiro
Filmes e Vídeos de Artistas na Coleção Itaú Cultural, Museu Nacional, Brasília
2012
Intuição etc / Rumos Artes Visuais, MAMAM, Recife
Bienal de Imagen en Movimiento, Buenos Aires, Argentina
Da Próxima Vez Eu Fazia Tudo Diferente, Pivô, São Paulo
O Fio do Abismo / Rumos Artes Visuais, Casa das Onze Janelas, Belém
Performa Paço , Paço das Artes, São Paulo
Rumos Artes Visuais, Instituto Itaú Cultural, São Paulo
Futuro do Pretérito, Mendes Wood DM, São Paulo
2011
VIDEOBRASIL_SESC, São Paulo
Vanishing Point, Fundação Ecarta, Porto Alegre
Ano Novo, Galeria Silvia Cintra+Box4, Rio de Janeiro
2010
Construction Views: Experimental Film and Video from Brazil, New Museum, Nova Iorque, EUA
Silêncios e Sussurros, Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão
Presence | Absence, Center for Contemporary Arts, Santa Fé, EUA
Convivência Espacial , Fundação Ecarta, Porto Alegre
Abre Alas 6, A Gentil Carioca, Rio de Janeiro
2009
Desgaste, Ateliê397, São Paulo
LÚCIDA, 27th Festival International du Film sur Lʼart, MAC, Montreal, Canadá
2007
12ª BIENNIALE DE LʼIMAGE EN MOUVEMENT, CIC, Genebra, Suiça
Video Links Brasil: An Anthology of Brazilian Video Art, 1981 – 2005 KU ,nodnoL, nredoM etaT
LÚCIDA: un programa sobre el videoarte en latinoamerica, Canal (à) MAMBA, Buenos Aires, Argentina
2007
9º Salão Victor Meirelles, MASC, Florianópolis
Offside Image, 25FPS, Zagreb, Croácia
2005
Territórios, MAC-USP, São Paulo
Mapeamento, MAC-RS, Porto Alegre
2004
Contemporão, Paço Municipal, Porto Alegre
Cinema Digital, Fundação Joaquim Nabuco, Recife
18º Salão do Jovem Artista 2003, MARGS, Porto Alegre
The Americas Society As A Satellite , Americas Society, Nova Iorque, EUA
OBRAS SELECIONADAS
Clube Amarelo
2024, 7min, Brasil
Clube Amarelo foi desenvolvido durante uma residência artística na Fundação Ama Amoedo, localizada na costa uruguaia, no verão de 2024. Acompanha a pesquisa de Roque sobre desejo e sexualidade na produção de imagens sempre situadas em um período difuso, em um curta-metragem que mescla imagens em preto e branco e coloridas, capturadas em filme e vídeo digital. A Casa Neptuna, que serviu de residência a Roque, projetada pelo artista argentino Edgardo Giménez, é o Clube Amarelo. Esse espaço é uma espécie de sauna à beira-mar, banhada pela luz do sol e da lua, onde as pessoas se reúnem em busca de experiências prazerosas em um espaço mental após o contato com espécies não humanas.
Ano Branco
2013, 7min, Brasil
Ano Branco é um thriller ambientado num contexto futurista distópico, em que a autonomia sobre o corpo é claramente fundamental para o acesso à liberdade política.
Na virada do ano de 2030 para 2031, testemunhamos um período de atmosfera social caótica. Após a apresentação de uma suposta palestra/performance da filósofa, escritora e curadora Beatriz Preciado, atualmente Paul B.Preciado, – na qual questões sobre gênero e sexualidade são abordadas radicalmente em seu sentido político –, um mundo cheio de tensões e revoltas vem à tona. Em seguida, ouvimos uma declaração oficial de programas governamentais sobre esses assuntos. Uma voz metálica anuncia que o “transexualismo CID 10 F64” será removido da lista de doenças da Organização Mundial da Saúde, e assistimos a uma paciente transexual sendo examinada por um robô no que parece ser uma clínica pública em péssimas condições. À medida que os procedimentos relacionados à mudança de sexo e identidade de gênero passam a migrar para as clínicas médicas e estéticas, surge um momento histórico de autonomia radical do corpo, conhecido como Ano Branco.
República
2020, 8min, Brasil
Em República, o constructo do sexo está sob escrutínio, assim como noções de masculinidade em uma sociedade falocêntrica movida por violência, dominação e ideais axiomáticos de bem-estar, superação e autossuficiência. A sequência de blocos de imagens que se desenrola no filme, as criaturas quase totêmicas e mitológicas aparecendo e desaparecendo diante de nossos olhos, todas elas se apresentam como guerreiros, desajustados, marinheiros em águas turbulentas e enganosamente calmas. No entanto, há um profundo senso de cuidado que permeia toda a narrativa do filme: um olhar gentil emana da câmera, acariciando os personagens como que para preservar sua existência sob a luz impetuosa e abrasiva de nossos tempos. Diante do olhar de estranhos, nada realmente é o que parece ser. Uma alma terna se esconde sob o véu branco da saliva viscosa que sai do quadro da boca do nosso travesso vigarista, como de alguma forma previu Jean Genet em seu Diário de um Ladrão. República foi parcialmente filmado em Brest, porto da França onde Querelle (outra personagem de Genet) ganha vida: um marinheiro, um ladrão, um homossexual, um criminoso, um bandido apaixonado que navega pelos mares. Este é um filme sobre marginais, uma digressão em le temps perdu, uma reflexão sobre as fronteiras coloniais entre o Velho e o Novo Mundo que ainda prosperam em ambos os lados do Atlântico. É sobre um paraíso nunca encontrado, uma fantasia acalentada e uma busca sem fim pela liberdade. Abençoe essa bagunça!
STORYBOARD REPÚBLICA
Heaven
2016, 9min, Brasil
O Heaven (céu) de Luiz Roque diz respeito a uma intensa história de amor sobrevivendo sob pressão. No ano de 2080, época em que o vírus Epstein-Barr (mononucleose) sofre mutação para uma versão muito mais agressiva – ligada a doenças de imunodeficiência –, um emaranhado sociopolítico complexo vem à tona. Não por acaso, a narrativa se passa cem anos após o início da década de 1980, marcada pela descoberta da AIDS – um processo que tomou conta dos noticiários e absorveu o imaginário global, além de ser usado deliberadamente para criar estigmas sociais. No filme, a nova epidemia potencial é transmitida pela saliva e atinge principalmente a comunidade transexual, que agora tem que lutar em resistência contra esse profundo problema de saúde e a opressão pública.
Com um elenco formado por atrizes transexuais, Heaven comenta, de modo bastante enérgico – e, ao mesmo tempo, delicado –, o controle dos corpos pelo Estado, numa condição em que as fronteiras burocráticas levam à dissociação violenta entre vida biológica e existência política. Atraído pelo poder da imagem e, principalmente, pelas sensações que ela evoca, o artista combina a natureza da ficção científica – como dispositivo de ventilação de uma hipótese – com os recursos da linguagem cinematográfica para abordar as tensões comuns da vida cotidiana.
STORYBOARD HEAVEN

Zero
2019, 5min, Brasil
Combinando as estéticas da ficção científica e da fantasia com a alegoria, o filme Zero (2019), de Luiz Roque, reflete sobre nossa busca constante pela modernidade – um projeto pioneiro de inovação que pode, em última análise, levar ao fracasso. O icônico horizonte de Dubai é o pano de fundo do filme. Contudo, é desprovido de qualquer existência humana ou viva. A única existência viva que conhecemos é a de um cão que orbita os arredores desolados da cidade a partir dos confins de uma cápsula não identificável. De onde surgiu essa entidade voadora? Para onde está indo? Talvez o cão seja o único organismo vivo que resta na Terra e que possui informações importantes. A esse respeito, não podemos ter certeza.
Discursos sobre modernidade e avanço tecnológico têm sido fantasiados há muito tempo por meio de representações de como serão as cidades no futuro. A vida imita a arte, e a arte imita a vida. Esse eterno vai e vem pode ser visto explicitamente na evolução de nossas cidades ao longo do último século. Muitos dos centros urbanos que hoje pontilham nossos horizontes são testemunhos tangíveis do que antes era considerado uma imagem puramente fantástica da modernidade.
Dubai – a megalópole que “surgiu das areias” da Península Arábica, onde imponentes monólitos perfuram os céus e brilham sobre uma paisagem árida e escassamente povoada. Brilha como um lugar que não abraçou a modernidade, mas se tornou um arquétipo dela. Zero não se refere diretamente a Dubai, mas usa a cidade como pano de fundo metafórico sobre o qual reflete projetos de inovação cada vez mais novos e grandiosos.
STORYBOARD ZERO

S
2017, 5min, Brasil
Nas áreas subterrâneas da infraestrutura de transporte público de São Paulo, onde a cotidianidade nos movimenta em massa (como um corpo maciço), figuras humanas parecem exibir expressões genuínas, libertas de qualquer rota. Desconhecidas e cheias de vitalidade, elas se expressam e se conectam entre si por meio de coreografias intensas.
Interessado nos efeitos da imagem nas sensações corporais e nas articulações sociais, Luiz Roque parte de uma energia comum à liberação de fortes tensões. Sozinhos ou em grupo, o vogue esfíngico e a dança são atos de resistência que contaminam os túneis e trens da megalópole.

STORYBOARD S

XXI
2022, 7min, Brasil
