CADERNOS DE ARTISTA

NAU
2022, 12min, RS

NAU

NAU conta a história de uma mulher que crê ser um ser aquático. Tudo começa quando ela se sente atraída por uma embarcação. Em seu caminho suas poucas relações são portais que a levam cada vez mais fundo nesse delírio, ou realidade, onde ela se transmuta em peixe.
Ficha técnica

Direção: Renata de Lélis
Produção: Pam Hauber
Produção Executiva: Edu Rabin, Pam Hauber
Direção de Fotografia: Edu Rabin
Direção de Arte: Ana Júlia Fortes
Som: Bunker Sound Design, Augusto Stern, Fernando Efron
Montagem / Edição: Tula Anagostopoulos Elenco: Andressa Cantergiani, Nayara Harry, Renato Batista

Festivais, Mostras e Prêmios

55º Festival de Cinema Fantástico da Catalunha
5º Film Maldit 2.0 – Los Angeles
51º Festival de Cinema de Gramado – Mostra Gaúcha: Prêmio Assembleia Legislativa de Produção Executiva
6º Fantasnóia: Melhor Direção de Fotografia
14º Festival Internacional de Cinema da Fronteira: Melhor Direção

BIOGRAFIA DE ARTISTA

Renata de Lélis (1979), é atriz, diretora, roteirista. Mestra em Performance-Dança pela FMH-UTL, Lisboa, e Formada em Teatro pela UERGS. Com “”As Anfitriãs”” , Renata recebe o prêmio Ruth de Souza 2024, para a realização do seu primeiro longa-metragem. Com o roteiro de “”As Anfitriãs”” sua segunda parceria com a roteirista e escritora Maria Elena Morán, participou do 1°Mercado Internacional FRAPA 2024. Diretora e roteirista de NAU, curta-metragem com estreia internacional no 55° Festival de Cinema Fantástico da Catalunha – SITGES (Espanha) e nacional no 20° Fantaspoa, Porto Alegre; Recebeu os Prêmios de Melhor Direção no 14°Festival da Fronteira, Prêmio Assembléia Legislativa de Produção Executiva no 51° Festival de Cinema de Gramado e Melhor Direção de Fotografia no 6° Fantasnóia; participou ainda do 30° Festival de Cinema de Vitória, Mostra do Outro Lado – Cinema Fantástico. Diretora e roteirista do curta-metragem TERATOMA obteve Prêmio de Melhor Filme no CityBlue Film Awards (Espanha), Estreando no 44° Festival Internacional de Cinema de Elche (Espanha), FFSS Kursaal Film Festival San Sebastián (Espanha), Festival Internacional de Cine de León (México), Mercado de Clermont-Ferrand (França). Protagonizou o longa-metragem “A Nuvem Rosa” de Iuli Gerbase, que estreia no Festival SUNDANCE, 2021. Pelo qual recebe críticas positivas sobre seu trabalho em publicações nacionais e internacionais e o Prêmio de Melhor Atriz no XII Festival Internacional de Cinema da Fronteira.”

FILMOGRAFIA

NAU (2022) – Curta-metragem. Roteiro e direção. 12’13
TERATOMA (2021) – Curta-metragem. Roteirista e diretor. 14’27
O QUE RANGE (2022) – Videoclipe. Roteirista e diretor. 2’46
VÉRNIX (2021) – Curta-metragem experimental. Roteirista e diretor. 5’43 APATIA (2020) – Videoclipe. Roteirista, diretor e performer. 3’02
Quanto Tempo Dura um Desastre? (2020) – Vídeo experimental. Criação e performer. 2’00
BEEJ (2019) – Vídeo experimental. Codiretor e performer. 10’59

FILMOGRAFIA DISPONÍVEL

Dialogo entre direção e Arte
  • Em que ano estamos? 

2.045 Brasil

  • Há quanto tempo ela habita o espaço?
  •  10-12 meses 

 

  • Quanto tempo o espaço ficou parado antes dela invadir? haviam invadido antes? Em qual estado deixaram?

imagino que ela trabalhava nesta loja, já conhecia entrada e tinha chaves da entrada dos fundos. A loja foi desocupada às pressas, muitas coisas já haviam sido levadas, sobraram poucas mercadorias e algumas embalagens e restos de materiais como prateleiras e manequins. 

 

  • ela habitava a cidade onde está antes do “acontecimento”?

Ela fugir de uma situação tóxica / de abuso e foi parar nessa cidade, conheceu algumas pessoas com quem teve identificação, descoloriu o cabelo. Conseguiu emprego na loja onde trabalhou até a falência do estabelecimento. desempregada e com muitos aluguéis em atraso, foi despejada do JK onde morava. 

O mundo está em uma situação de reincidência de pandemias. Assolado por pobreza e mudanças climáticas. Escassez de trabalho e recursos. Aumento de violência, descaso do governo. Poucas pessoas se arriscam a saírem às ruas se expondo a vírus, bactérias e radiações

 

  • Qual a relação dela com o espaço em que ocupa? Existe algum carinho com o lugar?

Marina, vê esse espaço como um refúgio, “aquário”/ninho, lugar de proteção onde tem algum conforto e sensação de segurança. Ela não quer ser perturbada nesse lugar. Sair às ruas é uma necessidade para a qual ela se prepara por dias.

 

  • É organizada em relação à “casa”? Mantém ela limpa?

Existe um senso de organização e divisão por setores. Como um morador de rua que organiza seu espaço com uma lógica de lar, nada é muito limpo. Ela não tem toques. 

 

  • Pq ela junta as coisas que junta?

Mariana tem uma lógica interna, acho parecido com um morador de rua ou de ocupação. Ela coleta coisas que julga serem necessárias para o seu lar, por utilitarismo ou por afeição a esses objetos. Coisas para sua casa ou que eventualmente possa trocar por comida (pão por exemplo), ou outras necessidades (sabão por exemplo).

Sobre a caracterização, em cima de conversas com direção e departamento de arte (maquiagem)
  • Fase inicial: cabelos longos com raiz (to achando a raiz um pouco longa demais a franja está praticamente toda escura, talvez entrar com um pouco de descoloração, ar meio molhado/úmido, partes/pontas com ar de quem esteve em piscina (esverdeados). 
  • Na rua: cabelos omitidos / presos
  • Devaneio 1: Cabelos soltos, possivelmente para o lado em função do efeito de guelras da pós. 

Devaneio 2: cabelo embranquecido, não tem ar úmido, sobrancelhas brancas, lentes de contato? Eu acho que ficaria incrível com as lentes escuras/pretas. Mas estou aberta a conversar.

Sobre figurino:
  • Rê pede para que ela esteja “coberta / escondida” ao sair para a rua (lembrando que faz calor, então ela se ressaltaria ou se camuflaria?  Moletom? Capa de chuva + máscara?)

Gosto de mangas longas para se proteger do sol. Roupas largas para disfarçar as formas femininas do corpo. Mascara não.

NA MÍDIA

“NAU”: curta de Renata de Lélis é indicado ao Festival Internacional de Cinema Fantástico da Catalunha

 

Com co-produção da Brigitte Filmes, curta-metragem mergulha em temas como solidão feminina, traumas e identidade

 

Cena do curta “NAU”

Créditos: Divulgação – Brigitte Filmes

São Paulo, setembro de 2022 – A Brigitte Filmes – produtora audiovisual formada por executivos com ampla expertise em filmes publicitários, projetos autorais, cinematográficos, televisivos e multimídia – é a co-produtora do curta-metragem “NAU”, escrito e dirigido por Renata de Lélis, que foi selecionado pelo Festival Internacional de Cinema Fantástico da Catalunha (SITGES) para a Mostra Novas Visões. O curta, que foi produzido com fundos do edital FAC-RS de Audiovisual 2019, será exibido com exclusividade no dia 11 de outubro, na Espanha, com a presença da diretora e do diretor de fotografia e também produtor executivo Edu Rabin.

O SITGES – Festival Internacional de Cinema Fantástico da Catalunha é um festival especializado e competitivo de gênero fantástico. É o maior e mais respeitado festival de cinema de terror e fantástico do mundo, e inclui encontros, exposições, apresentações e exibições de filmes do gênero de todo o mundo, além de premiações.

Em uma alegoria surrealista cheia de símbolos, o curta debruça sobre temáticas como solidão feminina, traumas, doenças mentais, isolamento e marginalização. A atriz e artista transdisciplinar Andressa Cantergiani interpreta Marina, uma mulher isolada que lida com seus traumas e encontra pelo caminho diferentes figuras também socialmente excluídas. 

“Tenho uma relação pessoal com os transtornos psíquicos, é algo que faz parte da minha família. Entendi o quanto as diferenças são marginalizadas. Essas pessoas fazem parte do meu DNA, quero falar mais sobre elas”, conta a diretora.

 

Sobre a Brigitte Filmes

A BRIGITTE FILMES é uma produtora audiovisual sediada em São Paulo que tem como base para suas produções dois pilares: publicidade e entretenimento. Com ampla expertise em filmes publicitários para diversos clientes (Heinz, Nestlé, Seara, Whatsapp, Wizard, PicPay, Bauducco, L’Occitane, Petz) e importantes agências (CP+B, DAVID, MullenLowe Brasil, Ogilvy, WMcCann, Agência 35, W3haus), essa identidade da produtora alia a estrutura de produção a um olhar voltado a projetos autorais, cinematográficos, televisivos e multimídia – unindo o tempo do audiovisual à relevância dos debates que busca propor.

Além dos filmes publicitários, atualmente a Brigitte Filmes está desenvolvendo o próximo projeto de Felipe Novaes, uma coprodução com a Vitrine Filmes; o projeto de adaptação audiovisual da biografia “Elke: Mulher Maravilha”, escrita por Chico Felitti; o longa documental de Claudio Cinelli e Rodrigo Mello; finalizando “Memórias do Corpo na Quarentena”, documentário de Gabriela Altaf e Marcel Souto Maior; e trabalhando em dezenas de outros projetos de narrativas ficcionais e não-ficcionais, seriados e de longa-metragem.

 

 

ROTEIRO (Clique na imagem para acessar o roteiro.)
MEMORIAL