CADERNOS DE ARTISTA
Sinfonia do fim do mundo
2022, 74min, RJ

Sinfonia do fim do mundo
Enquanto um mundo acaba, o performer canta pela última vez.
Ficha técnica
Direção: Isabella Raposo e Thiago Brito
Produção: Acácia Lima, Isabella Raposo e Thiago Brito
Produção Executiva: Acácia Lima, Isabella Raposo e Thiago Brito
Direção de Fotografia: Guilherme Tostes
Som: Acácia Lima
Montagem/Edição: Acácia Lima
Elenco: Jorge Caetano
Roteiro: Leonardo Amaral, Pedro Maia de Brito e Ralph Antunes
Mixagem: Ricardo Reis
Mixagem musical: Florencia Saravia-Akamine
Festivais, Mostras e Prêmios
Festival Ecrã – Mostra do Filme Livre – Premiado
BIOGRAFIA DE ARTISTA

Isabella Raposo (1993) é cineasta e artista multidisciplinar, mestra em Artes Visuais pela UFRJ e doutoranda em Artes da Cena pela UFRJ. É sócia fundadora do Espaço Cultural Cine Centímetro e da Cia das Novidades Excêntricas.
Dirigiu o longa-metragem “Sinfonia do Fim do Mundo”, premiado na Mostra do Filme Livre 2023, além de outros dez curta-metragens, incluindo “Bem no meio do céu”, com estreia no Rotterdam International Film Festival. É produtora do filme “Apopcalipse Segundo Baby”, sobre a cantora Baby do Brasil, atualmente em fase de pós produção. Dirigiu dois episódios da série internacional /Lost+found, licenciada pelo Canal Curta!. No teatro, dirigiu a peça “Salomé Elétrica”, adaptação de “Salomé”, de Oscar Wilde, e a peça-instalação “Os Cegos”, adaptação de Maurice Maeterlinck. Atualmente desenvolve a série de obras “Objeto Sonho”, máquinas interativas de imagem em movimento e som, e a cine-performance “Cinema de Roda”.
FILMOGRAFIA
Resposta (2012, 3′)
Elas Vivem! (2013, 2’)
Us (2014, 20’)
Loïe & Lucy (2014, 16’)
O Mirante do Azul (2015, 7’)
Mar de Monstro (2017, 19’)
Bem no meio do céu (2018, 13’)
Glimpses(2020, 6’’)
Íris (2020, 6’)
Tudo que desejo, queima no ar (2020, 3’)
/Lost+found – EP Ivo Raposo Jr, (2020, 29’)
/Lost+found – EP Ray Edmondson (2020, 27′)
Sinfonia do fim do mundo (2022, 77′)
BIOGRAFIA DE ARTISTA

Thiago Brito (1986) escreveu e dirigiu 7 curtas-metragens, entre eles, Loïe & Lucy (2014) e Bem no meio do céu (2018 – Rotterdam International Film Festival); dirigiu dois episódios da para série para o Canal Curta! /Lost+Found e foi 1o assistente de direção do filme Não Devore meu Coração, de Felipe Bragança, que estreou no Sundance Film Festival 2017. Foi roteirista da série O Hipnotizador (2a Temp), dirigida por Alex Gabassi e José Eduardo Belmonte; foi chefe de sala de roteiros da série Impuros (Temp 4,5 e 6 – Barry Company), de René Sampaio e Tomás Portella; roteirista dos longas Alemão II, de José Eduardo Belmonte, e Sem Vergonha, de Rafael Saar. Colaborou no roteiro dos curtas Fernando que Recebeu um pássaro do mar, de Felipe Bragança e Helvécio Marins Jr., e Mar de Monstro, de Isabella Raposo. Em 2022, dirigiu seu primeiro longa-metragem experimental, Sinfonia do fim do mundo, premiado na Mostra do Filme Livre 2023.
INSPIRAÇÕES
“Este show, embora aos dez anos de idade, realmente mudou a minha vida.
Fui dominado por Elvis. Fui dominado pelos músicos. Pude sentir o que é
tocar música. Mas acima de tudo lembro de duas coisas daquele show:
minha irmã perdendo completamente o controle e o buraco no sapato de
Elvis.”
– Jerry Nolan, Mate-me por Favor (Legls McNeil e Gillian McCain).
“Cada dia que passa
É mais um dia que passa
Pra onde o destino me leva
Eu não sei”
“Adeus ao mundo. Logo, de repente, apoiando-se em um braço, sentou-se na cama. A dor era espantosa, mas Nevile não se acovardou. Com as mandíbulas apertadas, tirou as pernas da cama e se colocou de pé.
Sentindo apenas o movimento de suas pernas, e cambaleando-se, cruzou o calabouço. Caiu contra a janela, e olhou à rua. Estava cheia de gente.
Agrupavam-se à luz cinzenta da manhã. O som de suas vozes chegava a ele como o zumbido de abelhas. Nevile os olhou, agarrado com a mão esquerda nas barras de ferro e com os olhos febris. Então alguém o viu.
Durante um momento as vozes se elevaram um pouco. ouviram-se alguns gritos. Mas logo o silêncio se estendeu sobre suas cabeças como uma pesada capa.Todos voltaram seus rostos pálidos para Nevile. Nevile os observou serenamente. E de repente raciocinou: Eu sou o anormal. A normalidade é um conceito majoritário. Norma de muitos, não de um sozinho. E compreendeu a expressão que refletiam aqueles rostos angústia, medo, horror. Tinham-lhe medo.”
– Trecho de “Eu sou a Lenda”, Richard Matheson

OBRAS DE REFERÊNCIA
Speed Racer
Música
de Fernanda Abreu
Bethânia Bem de Perto
Música
de Maria Bethânia
Noite
Filme
de Paula Gaitan
Chelsea Girls
de Andy Warhol
ÁUDIOS REFERÊNCIAA
