Guilherme Cenzi e Pedro Achilles
Guilherme Cenzi e Pedro Achilles
2020, 8min, SP
Guilherme Cenzi e Pedro Achilles
2020, 8min, SP
O Ciclope
O Ciclope
Uma mulher lembra da última visita feita ao seu pai na prisão. Nesse encontro, ele conta sobre a história do Ciclope, uma criatura amaldiçoada que desde o dia em que nasce, já sabe o dia em que irá morrer. |
* Legenda PT/BR e ENG
Direção: Guilherme Cenzi e Pedro Achilles
Produção: Lucas Gonçalves
Produção Executiva: Guilherme Cenzi, Lucas Gonçalves e Pedro Achilles
Direção de Fotografia: Paula Toni
Som: Guilherme Cenzi
Montagem: Guilherme Cenzi
Elenco: Marisa Bezerra e Márcio Achilles
Roteiro: Pedro Achilles
BIOGRAFIA DE ARTISTA
BIOGRAFIA DE ARTISTA
Crédito da Foto: Paula Toni |
Guilherme Cenzi é técnico de som, montador e músico. Bacharel em Audiovisual pelo Centro Universitário Senac. Realizou a captação, a edição e a mixagem do som de diversos curtas-metragens. Atua como técnico de som no Estúdio Bolacha desde 2019. "O Ciclope" é o seu primeiro trabalho como diretor. FILMOGRAFIA Primeiro Filme |
Crédito da Foto: Paula Toni |
Pedro Achilles Nascido em São Paulo, escreveu e dirigiu quatro curtas-metragens, entre eles "Quando Davi Conheceu o Grande e Vasto Mundo" (2016) e "Os Mortos" (2016). FILMOGRAFIA Davi e Os Aviões - (2012, 11min) |
TRAILER
Entrevista com Pedro Achilles para o CEN
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MÚSICA Ave fantasma
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Ulisses, Nunca Mais, de Gulherme Cenzi
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REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
Os Mortos (2016) de Pedro Achilles e Stefano Calgaro
Sinopse: As fotografias da viagem de um casal para Três Corações. Em paralelo, Orfeu fala sobre Eurídice a Baca.
Justificativa: “O que foi se tornará a ser? Penso nisso e vislumbro o lusco-fusco do dia”, pergunta Orfeu à Baca, ao pensar sobre a ideia da morte e o inevitável destino de Eurídice, depois de tê-la perdido para sempre na escuridão infinita do Hades.
“Os mortos” (2016), propõe um diálogo sobre o fim, a partir do jogo entre as fotografias da viagem de um casal ao interior e a narrativa de Orfeu e Eurídice. O fim em suas diferentes formas. E, assim como ocorre em "O Ciclope”, existe aqui também a tentativa de uma estrutura fílmica que opere a partir das aproximações narrativas entre a vida e o mito, a fotografia e a memória, a escuridão e o vislumbre.
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POEMA Azul por inteiro, de Marcos Siscar
Justificativa: Durante os intervalos da montagem de um filme que nunca terminamos, nosso amigo e também realizador Stefano Calgaro, ao notar que estávamos lendo a nova tradução da Odisseia feita por Frederico Lourenço, nos mostrou este poema do Marcos Siscar, com o seguinte trecho marcado: “como um anti-telêmaco nas espumas com o pai reencontrado e suas palavras aladas”
De certa forma, tentar recriar essa imagem perpétua, a do filho que reencontra o pai depois de um longo e terrível espaço de tempo, foi o nosso desejo inicial ao começarmos a pensar O Ciclope. Mesmo que tal imagem nunca tenha sido de fato recriada dentro do filme (e nem havia sentido mais, pois na época ainda não vivíamos a perspectiva de dias de reencontros, como ainda não vivemos agora, nosso tempo permanece sendo o da separação e do luto), ainda assim essa imagem para nós ecoa de forma invisível ao longo filme, como um horizonte inalcançável, à espera de um Ulisses que ainda não retornou, e que talvez nunca retornará à Ítaca.
OBRA CONVIDADA
OBRA CONVIDADA
A Montanha Mágica
De Petrus Cariry (2009, 13min, CE-SP)
Classificação indicativa: Livre
Sinopse: De tanto se divertir lá em cima, ele caiu, quinze metros, faltou ar! Até onde vai a verdade? Até onde vai a imaginação? Eu gostaria de lembrar um pouco mais. Um filme sobre a infância.
JUSTIFICATIVA
Um parque de diversões. Uma roda-gigante resplandecente. As luzes de uma noite eterna. Imagens e sons que parecem querer buscar o vislumbre de um tempo que, através das misteriosas narrativas da memória, escapa entre os dedos. E o filme de Petrus Cariry não deixa de ser, justamente, um exercício sobre a natureza da memória, e também sobre as reminiscências de um passado irredutível, "recordando aos poucos, até lembrar de tudo", procurando através da investigação do presente, pistas daquilo que foi e não tornará a ser, inclusive inventando se for preciso. Questões essas que, apesar das diferenças de tom e abordagem, também nos atravessaram enquanto pensávamos sobre o filme que queríamos fazer.